quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Tela Vazia - Poesia


Sou aquela que faz sua dança
Dentro de uma longa saia indiana
Sou a dança de Brahma e consorte
Sou Kali brincando com vida e morte

Sou semente, sou árvore frondosa
Sou yin e também sou yang
Sou a filha que veio do ventre
Sou a força da Mãe majestosa

Sou os braços daquele que trabalha
Debaixo de sol e de chuva
Sol as águas do Ganges fluindo
Sou a virgem; a casada; a viúva

Sou a ida e também sou retorno
O princípio, o meio e o fim
Sou acolhimento e abandono
Da criança que existe em mim

Sou mulher suave e guerreira
Sou doçura da fruta madura
Sou a teia que tece a vida
Sou pintura em tela vazia

Sou a brisa que bate no rosto
O aroma de uma linda rosa
Sou areia fina do deserto
Do homem, sou a mão generosa

Sou mentira e também sou verdade
Completa e fragmentada
Sou aquela que observa
E também a observada

(Chandra Veeresha 19/02/2012)

2 comentários:

luhmilan disse...

Amor fico super feliz em ver essas poesias... elas me encantam demais...
muita gente sabe escrever, mais somente quem tem sabedoria sabe fazer o uso das palavras.

Te Love, love, love.
bjks

Chandra Veeresha disse...

Anjoooooooooo!!!Gratidão por suas palavras e principalmente, por existir e fazer parte da minha vida.
Amor sempre sempre sempre!!!