sexta-feira, 21 de junho de 2013

Rebeldia e Revolução

"Você não pode mudar uma sociedade primeiro e esperar que os indivíduos mudem depois. É por isso que as revoluções têm falhado, porque temos pensado nelas a partir de um ponto de vista muito incorreto.
Temos pensado que, se você mudar a sociedade, mudar a estrutura econômica ou política, um dia os indivíduos, os elementos constituintes dessa sociedade, também mudarão.
Isso é estúpido. Quem vai fazer essa revolução?".(Osho)

O homem ainda não chegou ao ponto em que os governos possam ser descartados. Anarquistas como Kropotkin são contra o governo, a lei. Ele queria que isso acabasse. Eu também sou anarquista, mas de um modo completamente contrário ao de Kropotkin.

Eu quero elevar a consciência da humanidade até o ponto em que o governo se torne inútil, os tribunais fiquem vazios, ninguém seja assassinado, ninguém seja estuprado, ninguém seja torturado ou molestado.

Vê a diferença? A ênfase de Kropotkin é acabar com os governos. Minha ênfase é elevar a consciência dos seres humanos até o ponto em que os governos passem a ser, espontaneamente, inúteis; até o ponto em que os tribunais comecem a fechar, a polícia comece a desaparecer porque não há trabalho, e é dito aos juízes, "Achem outro trabalho".

Sou um anarquista de uma outra dimensão muito diferente. Primeiro, deixe que as pessoas se preparem, e então os governos desaparecerão por conta própria.

Não sou a favor de acabar com os governos; eles estão preenchendo uma certa necessidade. O homem é tão bárbaro, tão vil, que, se não fosse impedido pela força, toda a sociedade seria um caos.

Não sou a favor do caos. Quero que a sociedade humana se torne um todo harmonioso, uma grande comunidade em todo o planeta: pessoas meditando, pessoas sem culpa, pessoas de grande serenidade, de grande silêncio; pessoas rejubilando-se, dançando, cantando; pessoas que não querem competir com ninguém; pessoas que descartaram a própria ideia de que são especiais e têm de provar isso tornando-se o presidente da república; pessoas que não sofrem mais de complexo de inferioridade. Então ninguém quer ser superior, ninguém ostenta grandeza.

Os governos evaporarão como gotas de orvalho sob o sol da manhã. Mas essa é uma história totalmente diferente, um enfoque totalmente diferente. Até que chegue esse momento, os governos são necessários.

É muito simples. Se você está doente, precisa de remédios. Um anarquista como Kropotkin quer destruir os remédios. Eu quero que você seja tão saudável que não precise de remédios.

Você automaticamente os jogará fora — o que fará com todos esses remédios? Eles são absolutamente inúteis, na verdade, perigosos; a maioria dos remédios é veneno. Para que você continuará a acumulá-los?

Veja a diferença na ênfase. Eu não sou contra os remédios, sou contra a doença dos seres humanos que faz com que os remédios sejam necessários. Eu gostaria de ver um ser humano mais saudável — o que é possível com a engenharia genética —, um ser humano sem possibilidade de ficar doente porque nós o teríamos programado, desde o nascimento, de modo que ele simplesmente não possa adoecer, teríamos feito arranjos no seu corpo para que ele combata qualquer doença.

Certamente a medicina desapareceria, as farmácias desapareceriam, os médicos desapareceriam, as faculdades de medicina fechariam as portas. Mas eu não sou contra eles! Essa será simplesmente uma conseqüência de uma humanidade saudável.

Eu quero um só mundo, uma só língua, uma só religiosidade, uma só humanidade — e, quando a humanidade tiver realmente amadurecido, um só governo.

O governo não é algo do qual possamos nos gabar. É um insulto. A existência dele é uma indicação de que você ainda é bárbaro, de que ainda não existe uma civilização; do contrário, para que seria preciso um governo para mandar em você?

Se todos os crimes desaparecerem, se todos os medos de que outras pessoas possam explorar você, assassinar você, desaparecerem, o que você fará com toda essa burocracia do governo?

Você não pode deixar que ele continue, pois ele é um fardo para a economia da nação, um grande fardo, e vai ficar cada vez maior.

Osho, em "Liberdade: A Coragem de Ser Você Mesmo"

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Simpatizar, Gostar e Amar

Qual a diferença entre simpatizar-se e afeiçoar-se, gostar e amar? Qual a diferença entre o amor comum e o amor espiritual?

Existe uma enorme diferença entre gostar e amar. Gostar não representa nenhum compromisso, amar é compromisso. Por isso as pessoas não falam muito sobre o amor. De facto, a pessoas começaram a falar de amor em contextos que dispensavam o compromisso. Por exemplo, alguém diz: "Amo gelado." Mas como é possível amar um gelado? Você pode gostar, mas não pode amar. Ou outra pessoa diz: "Amo o meu cão, amo o meu carro, amo isto e aquilo."

De facto, as pessoas têm muito, muito medo de dizer a alguém ''Amo-te''. Já ouvi dizer: Um homem namorava uma mulher já há alguns meses. E a mulher, obviamente, esperava, esperava - já faziam amor, mas o homem ainda não lhe tinha dito ''Amo-te''.

Veja a diferença - antigamente as pessoas costumavam "amar-se". Agora "fazem amor". Vê a diferença? Amar-se é estar esmagado pelo amor; é passivo. Fazer amor é quase profano; quase destrói a sua beleza. É activo, como se você estivesse a fazer algo; você está a manipular e a controlar. Hoje as pessoas modificaram a sua linguagem - em vez de usarem "amar-se" usam "fazer amor".

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E o homem fazia amor com a mulher, mas nunca lhe dissera uma única vez "Amo-te". E a mulher esperava, esperava, esperava.

Um dia, ele telefonou-lhe e disse-lhe: "Estive a pensar e achei que devia dizer-te. Parece-me que agora chegou o momento. Tenho de te dizer: agora não me posso conter mais." E a mulher ficou arrebatada e manteve-se atenta - pois foi por isto que ela tanto esperara. E ela respondeu: "Diz! Diz!" E o homem disse: "Tenho de te dizer, agora já não posso mais conter-me: Gosto muito de ti."

As pessoas dizem umas às outras "Gosto de ti". Porque não dizem "Amo-te"? Porque o amor é compromisso, envolvimento, risco, responsabilidade. Gostar é momentâneo - eu posso gostar de si agora e posso não gostar amanhã; não apresenta qualquer risco. Quando diz a alguém ''Amo-te'', você assume um risco. Você está a dizer: "Amo-te, amar-te-ei sempre, amar-te-ei amanhã. Podes contar comigo, é uma promessa."

O amor é uma promessa, gostar não tem nada a ver com qualquer promessa. Quando diz a um homem "Gosto de ti" diz algo acerca de si, não acerca do homem. Você diz: "Eu sou assim, eu gosto de ti. Eu também gosto de gelado e gosto do meu carro. Do mesmo modo, gosto de ti." Você está a dizer algo acerca de si.

Quando diz a alguém "Eu amo-te" está a dizer algo acerca dela e não acerca de si. Você está a dizer "És encantadora'. A seta aponta para o outro. E então há perigo - você está a fazer uma promessa. O amor tem uma qualidade de promessa associada, compromisso e envolvimento. E o amor tem algo de eternidade em si. Gostar é momentâneo; gostar não apresenta riscos, nem responsabilidades.

Você pergunta-me: Qual a diferença entre simpatizar e afeiçoar-se, gostar e amar? Qual a diferença entre o amor comum e o amor espiritual?

Gostar e amar são diferentes, mas não existe diferença entre o amor comum e o amor espiritual. O amor é espiritual. Nunca encontrei amor comum: comum é gostar. O amor nunca é comum - não pode ser, é intrinsecamente extraordinário. Não é deste mundo.

Quando diz a uma mulher ou a um homem ''Amo-te'' está simplesmente a dizer "Eu não posso ser enganado pelo teu corpo, eu vi-te. O teu corpo pode envelhecer, mas eu vi o teu eu incorpóreo. Eu vi o teu âmago, o teu núcleo que é divino". Gostar é superficial. O amor penetra e alcança o verdadeiro núcleo da pessoa, toca a verdadeira alma do indivíduo.

Nenhum amor é comum. O amor não pode ser comum, de outro modo não é amor. Designar o amor como comum é não entender todo o fenómeno de amar. Esta é a diferença entre gostar e amar: gostar é material, amar é espiritual.

Osho

É Deus em mim...

... Quando vires um lindo pôr do sol, pensa contigo mesmo: "É Deus pintando o céu". Ao fitar o rosto de cada pessoa que encontrares, pensa interiormente: "É Deus que assumiu esta forma". Aplica esta linha de pensamento a todas as experiências: "O sangue no meu corpo é Deus; a razão na minha mente é Deus; o amor em meu coração é Deus; tudo o que existe é Deus..." (Paramahansa Yogananda)

O Desapego


Perceba que todas as nossas misérias e sofrimentos não são nada mais do que apego.
Toda a nossa ignorância e escuridão é uma estranha combinação de mil e um apegos.
Nós estamos apegados a coisas que serão levadas no momento da morte, ou mesmo, antes.

Todas as nossas posições, todos os nossos poderes, nosso dinheiro, nosso prestígio, respeitabilidade são todos efêmeros, passageiros.

Não fique apegado a coisas passageiras; senão, você estará em contínua miséria e agonia.
Compreender que a vida é feita da mesma matéria que os sonhos é a essência do caminho.
Desapegue-se: viva no mundo, mas não seja do mundo.

Lembre-se que ele é um belo sonho, porque tudo está mudando e desaparecendo.
Não se agarre a nada. Agarrar-se é a causa de sermos inconscientes.
Se você começar a se desprender, uma tremenda liberação de energia acontecerá dentro de você.

A energia que estava envolvida no apego às coisas trará um novo amanhecer ao seu ser, uma nova luz, uma nova compreensão, um tremendo descarregar – nenhuma possibilidade para a miséria, a agonia, a angustia.
Ao contrário, quando todas essas coisas desaparecem, você se encontra sereno, calmo e tranqüilo, numa alegria sutil.
Haverá um riso no seu ser.

Se você se tornar desapegado, você será capaz de ver como as pessoas estão apegadas a coisas triviais, e quanto elas estão sofrendo por isso.
E você rirá de si mesmo, porque você também estava no mesmo barco antes.
O desapego é certamente a essência do caminho.(Osho)

O Ego é um rato morto!

"Uma ave estava voando com um rato morto no bico, e vinte ou trinta pássaros a perseguiam. Ela estava muito preocupada:
- Não estou fazendo nada contra eles, apenas carregando esse rato morto. Estão todos atrás de mim.
Eles a atacaram e, no conflito, em meio à luta, a ave abriu o bico e o rato caiu. Imediatamente todos voaram em direção ao rato e esqueceram da ave.

Ela então se sentou numa árvore e refletiu. Os outros pássaros não estavam contra ela, apenas faziam a mesma viagem - todos queriam o rato!'

Moral da História
"Se as pessoas o magoarem, abra a boca. Você deve estar carregando um rato morto! Solte-o! E depois sente-se - se puder, sente-se numa árvore, ou sob uma árvore, e reflita. De repente, verá que os outros se esqueceram de você. Não o estão mais perseguindo. Nunca estiveram. O ego é um rato morto." (Ramakrihsna)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

CURSO DE TANTRA- SEGREDOS SEXUAIS I

Vem aí...
Segredos Sexuais
Para quem quer desvendar os mistérios da sexualidade, na prática. Um curso inédito, desenvolvido para sua felicidade. Porque voce merece o melhor!
Curso direcionado a qualquer pessoa acima de 18 anos. Não é direcionado ao casal. Qualquer um, independente de estar ou não solteiro, pode participar. Trabalhamos com polaridade (turma mista de homens e mulheres) e por isso se faz necessária a inscrição antecipada.
Saiba mais sobre este curso em www.templodaluaterapias.com e garanta ja a sua vaga!

Amor de Verdade

"O amor de verdade não é uma fuga da solidão, o amor de verdade é uma solitude abundante.
A pessoa está tão feliz em ficar sozinha que tem vontade de compartilhar.
A felicidade sempre quer compartilhar.
Ela é excessiva. Não pode se conter, como a flor não pode conter sua fragrância. Ela tem que se espalhar pelo ar."

(Osho)

A Gaiola e a Liberdade

""Por que você escolhe a escravidão, quando a liberdade está disponível?
Por que você escolhe a gaiola, quando as portas estão abertas e o céu inteiro pertence a você?
-A resposta não é difícil de encontrar. A gaiola tem segurança; ela protege você da chuva, do sol, do vento forte, dos seus inimigos. Ela protege você da vastidão na qual a gente pode se perder. Ela lhe dá um abrigo; ela é seu lar aconchegante.

E você não tem nenhuma responsabilidade de se preocupar com sua comida, de se preocupar com a estação das chuvas, de se preocupar se amanhã você será capaz de encontrar alimento ou não. A liberdade traz tremendas responsabilidades.

A escravidão é uma barganha: você dá a sua liberdade e outra pessoa começa a ser responsável pela sua vida, pela sua proteção, pela sua comida, pelo seu abrigo; por tudo que você precisa.

Tudo o que você perde é a sua liberdade, tudo o que você perde são as suas asas, tudo o que você perde é o céu estrelado. Mas isso era sua alma. Numa gaiola, a salvo e seguro, você está morto; você escolheu uma vida sem risco, sem perigo. É por isso que você continua voltando para a sua gaiola, embora a profundeza de sua alma esteja insatisfeita na escravidão.

Sua alma gostaria de arriscar tudo e de ter a liberdade de ir até os confins do céu. Ela anseia voar através do sol até as estrelas mais distantes; mas você irrevogavelmente decide ser um hípócrita. Isso é o que quase todos, no mundo inteiro, têm decidido. Você começa a cantar canções de liberdade dentro da sua gaiola. Embora as portas estejam abertas e o céu disponível, você se decide por uma vida de hipocresia." (Osho)

sábado, 8 de junho de 2013

ENTREVISTA REVISTA BOA FORMA

Este mês de junho tive a honra de ser entrevistada pela Revista Boa Forma que traz a belíssima Cléo Pires na capa!
Uma pequena e simples matéria, mas que vem a somar na minha trajetória profissional e do Templo da Lua Centro de Desenvolvimento Pessoal, Estudos e Práticas Ancestrais. Por ser uma revista feminina,o foco da entrevista foi visando a atender o público feminino, mas se voce não sabe, atendo mulheres e homens.E existem atendimentos tântricos bem mais profundos que este que, ja é sensacional. O importante é ir se descobrindo sem pressa...Chandra Veeresha

Sucesso a todos nós! Jaya!


Desejo a mil

Verão, calor e férias são um convite para transar mais. Por isso mesmo, investir numa terapia que relaxe e, de quebra, dê uma turbinada na libido é mais do que bem-vindo.

Aposte em: massagem tântrica.
Como é: o objetivo é atuar nos centros de energia do corpo e trabalhar possíveis desequilíbrios que possam levar a problemas como falta de desejo. Para quem acha que vai ficar tímida, um aviso: “Não é preciso estimular a região genital para que a mulher entre em contato com sua sexualidade”, fala Chandra Veeresha, terapeuta do centro de terapias Templo da Lua, em São Paulo. A massagem é feita da cabeça aos pés, de frente e de costas e pode combinar manobras fortes, para descontrair a musculatura, com movimentos lentos, longos e circulares – a intenção é despertar cada parte do corpo por meio do toque delicado e aumentar a consciência para aquilo que faz você sentir prazer.

Na maioria das vezes, utiliza óleos, aromas e música que estimulem os sentidos e favoreçam o relaxamento e a entrega àquele momento. O toque também estimula o prazer porque aumenta a produção de endorfina e serotonina. E você pode aproveitar a oportunidade para aprender como aplicar a massagem na hora H com seu amado.

Quando fazer: sempre que desejar dar uma aquecida na relação.

PS: Leia toda a matéria sobre Massagens específicas na Revista Boa Forma de Junho/2013- Edição de Aniversário.
http://boaforma.abril.com.br/saude-bem-estar/massagem-para-ganhar-saude-e-libido-731637.shtml

O Louco



O Louco

Me perguntas como me tornei um louco?
Foi assim: "Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras haviam sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas. Corri sem máscara pelas ruas cheias de gente, gritando:
"Ladrões, ladrões. Malditos ladrões!"
Homens e mulheres riam de mim e alguns corriam com medo para suas casas. Quando cheguei à praça do mercado, um menino trepado no telhado de uma casa gritou:
"Você é um louco!"
Olhei para cima para vê-lo. O sol brilhou pela primeira vez em meu rosto descoberto. Pela primeira vez o sol beijava meu rosto nu, e minha alma se encheu de amor pelo sol, e nunca mais desejei usar máscaras.
Assim me tornei um louco. E encontrei tanto liberdade como segurança em minha própria loucura. A liberdade da solitude e a segurança de não ser compreendido. Pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós. "

(Gibran Khalil Gibran)