quinta-feira, 10 de abril de 2014

HARI OM - o que é

Um termo muito utilizado no Tantra...
Aprenda mais sobre ele...

HARI é um dos nomes de Íshvara, e significa “aquele que remove os resultados de um mau karma” (adharma), mas nos textos Vishnu Sahasranama, as características de removedor de obstáculos simbolizadas pelo nome HARI são atribuídas a Vishnu.

No épico Mahabarata (Bhagavad-Gita), Krishna refere-se a si mesmo como HARI, removedor de qualquer pecado e objecto de adoração de todo e qualquer sacrifício divino. HARI é também entendido não como uma deidade mas como Brahma, a origem de tudo e de onde ressoa o próprio OM, e esta surge como a resposta à unicidade da ordem atribuída às palavras deste mantra.

HARI é Brahma Purusha, o espírito /ser / essência de Brahma, OM é Brahma Shabda, o corpo sonoro /frequência de Brahma. Desta forma, o OM é uma manifestação de HARI, daí ser entoado de seguida a este e não antes, como nos mantras às outras deidades, pois todas estas se manifestam por sua vez no OM. Resumindo, HARI é ao mesmo tempo OM e vice-versa, um e outro significam o mesmo, manifestam-se no presente-passado-futuro, a contemplação do mantra OM é atingir a forma do Absoluto, e a invocação e mentalização de HARI desfaz firmemente qualquer pecado, mau karma ou efeitos astrológicos negativos, reduzindo ao mesmo tempo a ignorância humana da sua natureza divina.

Qual a diferença entre Gostar e Amar?

Qual a diferença entre simpatizar-se e afeiçoar-se?
Qual a diferença entre gostar e amar?
Qual a diferença entre amor comum e amor espiritual?
Existe uma enorme diferença entre gostar e amar. Gostar não representa nenhum compromisso, amar é compromisso. Por isso as pessoas não falam muito sobre o amor. De facto, a pessoas começaram a falar de amor em contextos que dispensavam o compromisso. Por exemplo, alguém diz: "Amo gelado." Mas como é possível amar um gelado? Você pode gostar, mas não pode amar. Ou outra pessoa diz: "Amo o meu cão, amo o meu carro, amo isto e aquilo."

De facto, as pessoas têm muito, muito medo de dizer a alguém ''Amo-te''. Já ouvi dizer: Um homem namorava uma mulher já há alguns meses. E a mulher, obviamente, esperava, esperava - já faziam amor, mas o homem ainda não lhe tinha dito ''Amo-te''.

Veja a diferença - antigamente as pessoas costumavam "amar-se". Agora "fazem amor". Vê a diferença? Amar-se é estar esmagado pelo amor; é passivo. Fazer amor é quase profano; quase destrói a sua beleza. É activo, como se você estivesse a fazer algo; você está a manipular e a controlar. Hoje as pessoas modificaram a sua linguagem - em vez de usarem "amar-se" usam "fazer amor".

E o homem fazia amor com a mulher, mas nunca lhe dissera uma única vez "Amo-te". E a mulher esperava, esperava, esperava.

Um dia, ele telefonou-lhe e disse-lhe: "Estive a pensar e achei que devia dizer-te. Parece-me que agora chegou o momento. Tenho de te dizer: agora não me posso conter mais." E a mulher ficou arrebatada e manteve-se atenta - pois foi por isto que ela tanto esperara. E ela respondeu: "Diz! Diz!" E o homem disse: "Tenho de te dizer, agora já não posso mais conter-me: Gosto muito de ti."

As pessoas dizem umas às outras "Gosto de ti". Porque não dizem "Amo-te"? Porque o amor é compromisso, envolvimento, risco, responsabilidade. Gostar é momentâneo - eu posso gostar de si agora e posso não gostar amanhã; não apresenta qualquer risco. Quando diz a alguém ''Amo-te'', você assume um risco. Você está a dizer: "Amo-te, amar-te-ei sempre, amar-te-ei amanhã. Podes contar comigo, é uma promessa."

O amor é uma promessa, gostar não tem nada a ver com qualquer promessa. Quando diz a um homem "Gosto de ti" diz algo acerca de si, não acerca do homem. Você diz: "Eu sou assim, eu gosto de ti. Eu também gosto de gelado e gosto do meu carro. Do mesmo modo, gosto de ti." Você está a dizer algo acerca de si.

Quando diz a alguém "Eu amo-te" está a dizer algo acerca dela e não acerca de si. Você está a dizer "És encantadora'. A seta aponta para o outro. E então há perigo - você está a fazer uma promessa. O amor tem uma qualidade de promessa associada, compromisso e envolvimento. E o amor tem algo de eternidade em si. Gostar é momentâneo; gostar não apresenta riscos, nem responsabilidades.

Você pergunta-me: Qual a diferença entre simpatizar e afeiçoar-se, gostar e amar? Qual a diferença entre o amor comum e o amor espiritual?

Gostar e amar são diferentes, mas não existe diferença entre o amor comum e o amor espiritual. O amor é espiritual. Nunca encontrei amor comum: comum é gostar. O amor nunca é comum - não pode ser, é intrinsecamente extraordinário. Não é deste mundo.

Quando diz a uma mulher ou a um homem ''Amo-te'' está simplesmente a dizer "Eu não posso ser enganado pelo teu corpo, eu vi-te. O teu corpo pode envelhecer, mas eu vi o teu eu incorpóreo. Eu vi o teu âmago, o teu núcleo que é divino". Gostar é superficial. O amor penetra e alcança o verdadeiro núcleo da pessoa, toca a verdadeira alma do indivíduo.

Nenhum amor é comum. O amor não pode ser comum, de outro modo não é amor. Designar o amor como comum é não entender todo o fenómeno de amar. Esta é a diferença entre gostar e amar: gostar é material, amar é espiritual.

Osho..

A (in) SANIDADE DO TANTRA

Tantra- Insanidade, nossa religião
“O Tantra em toda sua profundidade,
Vai de fato, no caminho oposto.
A muitas outras tradições
Não que estas estejam erradas
Mas no entendimento que é por meio do mundo
Que transcendemos o próprio mundano
Nós transitamos entre lá e cá
Entre o sagrado e o profano
Não que o profano exista de verdade
Nós compreendemos que não
Nós chegamos no topo
E ao chegar vemos que nunca fomos...
Nunca precisamos ir...
Todos os movimentos eram em vão
Mas como descobrir isso sem se movimentar?
Tudo tão contraditório
Vivências, rituais, meditações
Agora vejo que posso ser quem sou
Em qualquer momento
Agora vejo que a liberdade sempre fez parte de mim
A Paz sempre esteve presente
Mas meus pensamentos estavam em guerra
O mundo está em guerra
E na loucura do mundo, não me envolvo
O que não me impede de sentir a dor
Principalmente a dor do outro
Isso não muda
Não nos tornamos individualistas
Mas percebemos através da individualidade de cada um
O Todo
Ali reunido
Maluquice ou não
Este é o caminho das contrariedades
E nossa possível insanidade
Torna-se sã
Torna-se libertação
Nossa possível insanidade
È a nossa religião.”

(Chandra Veeresha)