As visões de Froid, Jung e da Tradição Tântrica
No campo do desejo sexual está vinculada a aspectos emocionais e psicológicos.
A obra de Sigmund Freud retoma o conceito de libido e lhe confere um papel central. Em seus primeiros trabalhos a libido, é o impulso vital para a auto-preservação da espécie humana, e compreende a libido como a energia sexual no sentido estrito, como o fenômeno do "impulso" do desejo e do prazer.
Mais tarde, ele volta a enfatizar essa visão mais geralista de que o impulso de auto-preservação tem origem libidinosa, e confronta a libido com o instinto de morte. Em seus escritos posteriores, especialmente em “Além do Princípio do Prazer” (1920), ele usa, em vez da palavra libido um sinônimo Eros, que descreve como sendo a energia que impulsiona a vida. Segundo esta explicação, Libido e Kundalini teriam o mesmo significado!
Mas a libido segundo Freud, não está relacionada somente com a sexualidade, mas também está presente em outras áreas da vida, como nas atividades culturais e artísticas. Mas foi Jung que chegou mais perto do que o Tantra compreende como Libido. Para ele, o estímulo para se executar qualquer coisa, depende da Libido. Isto quer dizer que ao pintar um quadro, o pintor utiliza desta energia para produzir sua obra. Ao compor uma canção, o compositor faz uso desta mesma energia. Ao dançar, é a Libido que está em movimento.
Viu só? Libido não está somente relacionada a desejo sexual. Mesmo um celibatário pode utilizá-la, neste caso dizemos que ele a está canalizando. E mesmo quando voce não está pensando em sexo, está escrevendo um texto, é essa energia que está sendo utilizada, pois é ela que dá vida a tudo.
“Para orar é preciso ter libido, do contrário a prece não chegará a lugar algum. A libido traz a motivação, a vitalidade, a vontade de curtir os desafios propostos pela vida. Então, a partir de agora quando alguém lhe falar em libido, procure ver o termo de uma forma mais abrangente. Se ela disser que algo aumenta sua libido, não significa necessariamente que ela está te propondo um envolvimento sexual (no contexto de ato sexual).
(Chandra Veeresha)
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