Nós não fomos criados para a Violência!
Basta lermos um jornal ou ligar a TV em qualquer canal que lá está o assunto mais divulgado: Violência!
Ela vem de todas as maneiras. Mãe que deixa bebê na lata de lixo. Marido que mata ex esposa por não aceitar término de relacionamento. Homem que entra armado em escola e mata crianças sem a menor compaixão e por aí vai.
São inúmeros os “crimes”. São inúmeros os momentos de revolta e impotência que histórias como essas causam em nós.
Mas antes de julgarmos os gestos destas pessoas devemos olhar profundamente
para dentro de nós mesmos; investigar; procurar esta violência em nós. Sim, ela está aí e se não a trabalharmos por meio da meditação, de vivências com o próprio corpo e de um contato mais próximo com o ser humano onde somos capazes de experimentar o amor, ela vai explodir e suas ações sairão definitivamente do controle.
Conheço muitas pessoas que dizem: Sou tão legal, mas não me reconheço quando perco a paciência!
É disso que estou falando. Isto acontece, pois se reprimem as emoções ao invés de encara-las e trabalha-las. E depois, chorar o leite derramado já não adianta mais...
Veja a sociedade que está aí. Reclama da violência, mas cria jogos, filmes e brincadeiras violentas a todo o instante. E estimula isso inventando tradições e competições.
É a tourada na Espanha. É a Festa de Peão no Brasil. É a Malhação do Judas, na Páscoa. O maltrato de animais nos circos...E todas estas formas de incitação á violência são chamadas de diversão!
A violência está embutida em muitas coisas. Em muitos lugares e situações e é preciso um olhar mais atento para perceba-la. Pais precisam dar exemplo aos filhos. Onde já se viu dar uma arma de brinquedo para uma criança? Isto deveria ser proibido. Mas a lei não colabora.
Não são apenas os seres humanos que estão sofrendo com sua própria violência. Não são apenas as mães das crianças nas favelas que sofrem com o tiroteio entre “polícia e bandido”, nem as mães da Líbia ou do Afeganistão vendo seus filhos morrerem sem poder fazer nada. Todo o Planeta sofre com a violência e a transformação deve começar por voce.
Passeatas e protestos não servem para nada!
Temos que olhar para nós mesmos. O amor ao próximo só acontece em quem compreende o amor próprio antes de tudo. Apoiar estes tipos de festas e brincadeiras que se misturam muitas vezes com “falsas” tradições religiosas é autoviolentar-se; autofragelação.
Hoje, uma questão está sendo bastante discutida nos meios de comunicação. É o bulling.
Quem nunca sofreu ou estimulou o bulling?
Quando eu era adolescente alguns colegas da escola zombavam de mim só porque eu sabia cantar. Os professores adoravam e me estimulavam, mas os alunos ficavam me imitando nos intervalos das aulas e me colocando apelidos preconceituosos. Isto algumas vezes gerou violência em mim. Perdi a conta de quantas vezes briguei na porta da escola por causa disso!
Mas felizmente meus pais me colocaram numa escola de música, onde estudei canto e violão e depois, num grupo de teatro. A partir dali, tornei-me mais confiante e acredite, nunca mais eles me perturbaram.
Anos mais tarde conheci caminhos espirituais como o Tantra, o Yoga e o Xamanismo que me mostraram que nós não fomos criados para a violência, e sim, para amar.
Pessoas felizes, que são elas mesmas, incomodam demais. Sei que continuo incomodando, mas hoje realmente não me importo. Ser voce mesmo é tudo o que lhe deve importar. E sempre que possível, assuma esta postura de paz. No início quando voce se propõe a não entrar na “loucura do mundo”, parece que tudo acontece para tirá-lo do seu propósito, mas se tiver um pouco de disciplina e perseverança, com o tempo voce reconhecerá a paz que existe dentro de ti e todos ao seu redor, se beneficiarão com suas convicções e atitudes.
A meditação neste caso, lhe auxiliará muito pois lhe fará perceber que voce e todos os outros seres são buddhas e portanto, sagrados! (Chandra Veeresha)
Om Loká Samastha Sukhino Bhavantu
Om Shanti
(Que todos os seres sejam felizes.Paz!)
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